Roy Lichtenstein em frente de sua obra Wham!
Um pouco sobre o artista
Roy Lichtenstein nasceu em Manhattan, em um família de classe média. Interessou-se primeiro por arte e design como hobby e era um apaixonado pelo Jazz. Muitas vezes o artista desenhou os músicos e assistiu a shows no Harlem (centro cultural e comercial dos afro-americanos). Acabou decidindo-se pelo curso de artes plásticas, que cursou na Universidade Estadual de Ohio.
Trilhou o caminho das artes, primeiro, pelo cubismo e expressionismo, depois adotou o expressionismo abstrato. Foi só em uma terceira fase de sua carreira que abraçou a Art Pop.
Lichtenstein foi fortemente influenciado por dois professores: Hoyt L. Sherman, que insistia que o ato de representação deve ser separado da experiência cotidiana e considerado apenas por suas qualidades formais, como uma “abstração”; e, Allan Kaprow, que reacendeu no aluno o interesse em imagens neo-dadaistas, ou protopop.
Em 1961, o artista iniciou-se na Art Pop, usando imagens de desenhos animados e propagandas, em técnicas derivadas da aparência de impressão comercial. Essa fase do artista dura até 1965.
Roy Lichtenstein (1923-1997)
Art Pop – Histórias em quadrinho
O uso das histórias em quadrinho por Lichtenstein
Para levar a Art Pop às histórias em quadrinho, Lichtenstein usou de uma técnica denominada “Ben-Day dots”, um processo de impressão de pontos que, através do sombreamento, cria uma textura tonal. A técnica se assemelha ao pontilhismo.
O primeiro trabalho de Lichtenstein foi um “look” do Mickey Mouse. Curiosamente, a proposta para o trabalho veio de um de seus filhos, que desafiou o artista a pintar uma imagem tão boa quanto a do famoso ratinho de Walt Disney.
Os trabalhos mais conhecidos do pintor são Drowning Girl (1963), baseado na revista produzida pela DC Comics Secret Hearts # 83, e Whaam! (1963), também baseado na revista produzida pela DC, All American-Men of War.
Em 1965, Lichtenstein praticamente abandonou seus trabalhos com quadrinhos. Ocasionalmente, ele os utilizou em seus trabalhos, mas de formas diferentes.
A crítica às reproduções das histórias em quadrinho de Lichtenstein
Alguns críticos entendem que a obra de Lichtenstein com as histórias em quadrinho não passa de cópia de painéis originalmente desenhados por outros artistas, como Kirby, Russ Heath , Abruzzo Tony, Irv Novick e Grandenetti Jerry, que trabalhavam diretamente com a mídia.
Outra crítica que o artista sofre, refere-se à ausência de qualquer crédito aos desenhistas originais. Há quem diga que “Lichtenstein não fez pelos quadrinhos nada mais, nada menos, que Andy Wharol fez para a sopa Campbells”.
As bases para a defesa do artista ficam por conta das alterações feitas às obras originais, como escala, tratamento, cores e, até mesmo, conceito.
O retorno aos quadrinhos
Os quadrinhos retornaram à vida e obra do artista nos anos 70. Desta época, novo “look” do Mickey (1973), que incorpora outros trabalhos anteriores, é dos notáveis exemplos. É também deste período Pow Wow (1979).
Outras obras
Em 1977, Lichtenstein participou da terceira etapa do BMW Art Car Project, quando pintou cinco versões do carro de corrida BMW 320i. O artista também trabalhou com esculturas em metal e plástico.
A Art Pop, no século 21, continua a influenciar e encantar. Os leilões dos últimos anos confirmam: a Art Pop ainda tem grande valor no mercado de arte. Ainda mexe com o imaginário, ainda encanta colecionadores e leigos.
Mickey (1961)
Menina com bola (1961)
Washing machine (1961)
Máquina de lavar roupa
Blam (1962)
Menina se afogando
História em quadrinho base para a obra Drowning Girl
Pão e geléia (lápis de grafite)
Pensando nele
Menina de bordo
Menina com fita no cabelo
Devaneios de 11 artistas Pop v. 2
Uma de uma série de serigrafias de 11 artistas Pop
MarGGa Duval
Fonte: http://mol-tagge.blogspot.com/2011/03/art-pop-historias-em-quadrinho.html
Ai gostei muito do blog ;P