Steve Rogers é um garoto mirrado, com asma e diversas outras doenças no currículo e que apanha de todos no Brooklyn. Contra todas as evidências, ele tem um sonho: entrar para o exército norte-americano para lutar na Segunda Guerra Mundial. E ele está na América, terra das possibilidades, então, o que parecia impossível começa a se tornar realidade ao chamar a atenção por sua perseverança. E Rogers não é apenas teimoso, ele é corajoso, justo e principalmente de bom coração. Qualidades essenciais para o herói da América. Por isso, ele se torna cobaia de um experimento único que o tornará um super soldado.
A história é simples, os Estados Unidos são a salvação do mundo contra as ameaças maléficas. Primeiro Hitler, depois o Caveira Vermelha, que não deixa de trazer uma alusão à cor do segundo inimigo norte-americano: o comunismo. Steve Rogers é o garoto desacreditado, até mesmo ridicularizado, que vai dar a volta por cima. A princípio de uma forma que o show business da terra do tio Sam adora, depois, mostrando seu verdadeiro valor no campo de batalha. O roteiro é ufanista, simples e com definições bem claras, mas é bem desenvolvido, não se torna cansativo nem confuso, envolvendo a platéia na história. O ponto negativo fica para as inserções românticas e apelativas em alguns momentos.
Se falta história, sobra tecnologia. Capitão América é bem feito visualmente, reconstituindo a época, construindo ótimas cenas de ação e abusando na profundidade permitida pela projeção 3D. Em alguns momentos fica até a sensação de cenário falso, quase uma maquete, o que é ruim, mas tem boas brincadeiras. A transformação de Rogers em Capitão América é feita dentro de uma cabine, isso poupa efeitos, mas também funciona como expectativa. Ficamos esperando de maneira tensa, assim como a platéia após ouvir os gritos do rapaz. Mesmo se você já viu no trailer, surte efeito.
A trilha sonora segue o tom pomposo do personagem, sempre ampliando o efeito de grandiosidade das cenas, fazendo com que o personagem se torne realmente um ser especial aos nossos olhos. O ritmo também é bom, construindo cenas de ação bem orquestradas, que criam expectativas e mesmo uma certa empolgação. Mas, nada que surpreenda a ponto de se tornar épico. O momento mais exuberante do filme é quando presenciamos a força da pedra de Odin.
Apesar do talento de Hugo Weaving, o Caveira Vermelha não consegue se transformar em um vilão ameaçador em nenhum momento. Não acreditamos que aquele ser maléfico poderá vencer Rogers, pois ele alia inteligência e perseverança com um poder sobre-humano. Os grandes inimigos do Capitão América são suas próprias dificuldades, ética e jogo entre poder e respeito. A tensão do filme se concentra na jornada de descobrimento de sua força, que vai muito além do físico. E Chris Evans consegue defender bem os valores de seu personagem, seja como o impressionante garoto mirrado ou como o novo super soldado. Destaque ainda para a sempre hilariante participação de Stan Lee.
Capitão América, o primeiro vingador é mais um passo para o projeto Marvel. Um filme bem realizado, sem dúvidas, mas que não empolga, nem traz novidades. Ainda assim, consegue ser melhor que Thor. Agora só nos resta esperar pelos Vingadores em 2012.
P.S. Não esqueçam da cena pós créditos que já é tradicional nos filmes da Marvel.
Fonte:CinePipoca
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